As peças aqui mostradas, foram obtidas em naufragios que descançam esquecidos no fundo do mar de Floripa. Quando ali chegaram adormeceram embaladas pela guerra em terras de "DESTERRO".
este é um enfoque importante e que realmente não vejo sendo discutido na mídia. Como pesquisador de fortificações temo pelo desaparecimento de informações valiosas de nosso passado, em especial daquelas ligadas a vida em torno das fortalezas da Baía Norte da Ilha de SC. Prova disso é o belíssimo material arqueológico que tens mostrado aqui nesse Blog. Mas tem muito mais história ali. Pouca gente sabe, por exemplo, que a primeira vez no Brasil (e terceira no mundo) que um torpedo foi utilizado em combate aconteceu aqui na Enseada de São Miguel (Biguaçu) num combate naval em abril de 1894, entre o famoso encouraçado Aquidaban e navios legalistas da frota de Floriano (comandados neste evento pela torpedeira Gustavo Sampaio), e que selou o destino da Revolução Federalista e Revolta da Armada em Santa Catarina (combate alías que tivemos a oportunidade de narrar e reconstituir de forma animada virtualmente em nosso CD-ROM Fortalezas Multimídia). Neste combate, ocorrido no espaço de mar compreendido entre as fortalezas de Anhatomirim e Ratones, foram disparados 4 torpedos pelas embarcações legalistas, sendo que somente o último deles (do Gustavo Sampaio) acertou o alvo e levou o Aquidaban (e a Revolta) ao fundo. Entre os três torpedos que erraram o alvo, um deles encontra-se em exposição do Museu Naval da Marinha (Rio de Janeiro), tendo sido encontrado há alguns anos por pescadores locais que estavam utilizando rede de arrasto. Outros dois torpedos que não explodiram continuam ali, no fundo da Baía Norte que será dragada, à espera de resgate. Independente dos argumentos pró e contra a instalação de um estaleiro na área, faz-se imprescindível que ocorra, em qualquer caso e de forma prévia, uma ação de investigação arqueológica subaquática nessa região.
Prezado Dílson, tens minha solidariedade nessa causa.
Um forte abraço, Tonera
Arq. Roberto Tonera Coordenador do Projeto Fortalezas Multimídia Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Campus Universitário - ETUSC 88040-900 Florianópolis SC Brasil
Parabéns Dilson,
ResponderExcluireste é um enfoque importante e que realmente não vejo sendo discutido na mídia.
Como pesquisador de fortificações temo pelo desaparecimento de informações valiosas de nosso passado, em especial daquelas ligadas a vida em torno das fortalezas da Baía Norte da Ilha de SC.
Prova disso é o belíssimo material arqueológico que tens mostrado aqui nesse Blog. Mas tem muito mais história ali. Pouca gente sabe, por exemplo, que a primeira vez no Brasil (e terceira no mundo) que um torpedo foi utilizado em combate aconteceu aqui na Enseada de São Miguel (Biguaçu) num combate naval em abril de 1894, entre o famoso encouraçado Aquidaban e navios legalistas da frota de Floriano (comandados neste evento pela torpedeira Gustavo Sampaio), e que selou o destino da Revolução Federalista e Revolta da Armada em Santa Catarina (combate alías que tivemos a oportunidade de narrar e reconstituir de forma animada virtualmente em nosso CD-ROM Fortalezas Multimídia). Neste combate, ocorrido no espaço de mar compreendido entre as fortalezas de Anhatomirim e Ratones, foram disparados 4 torpedos pelas embarcações legalistas, sendo que somente o último deles (do Gustavo Sampaio) acertou o alvo e levou o Aquidaban (e a Revolta) ao fundo. Entre os três torpedos que erraram o alvo, um deles encontra-se em exposição do Museu Naval da Marinha (Rio de Janeiro), tendo sido encontrado há alguns anos por pescadores locais que estavam utilizando rede de arrasto. Outros dois torpedos que não explodiram continuam ali, no fundo da Baía Norte que será dragada, à espera de resgate.
Independente dos argumentos pró e contra a instalação de um estaleiro na área, faz-se imprescindível que ocorra, em qualquer caso e de forma prévia, uma ação de investigação arqueológica subaquática nessa região.
Prezado Dílson, tens minha solidariedade nessa causa.
Um forte abraço,
Tonera
Arq. Roberto Tonera
Coordenador do Projeto Fortalezas Multimídia
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Campus Universitário - ETUSC
88040-900 Florianópolis SC Brasil
Telefones: (48) 99636324 e (48) 3721 5118
FAX: (48) 3721 5101
e-mail: projeto@fortalezasmultimidia.com.br
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